Frases do Filosofo Roger Bacon

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frases do filosofo Roger Bacon

Roger Bacon (1210-1294), nascido na Inglaterra, entrou na ordem franciscana e estudou nas universidades de Oxford e de Paris. Após ter lecionado algum tempo em Oxford, foi obrigado a deixar a cátedra. Estabeleceu-se então em Paris, onde levou uma vida agitada e foi condenado à prisão pelos próprios superiores da sua ordem. Crítico agressivo das maiores autoridades da sua época, foi um temperamento genial e original, enciclopédico e místico, cientista e supersticioso. A sua obra mais importante é a chamada Obra Maior; publicou ainda a Obra Menor e a Terceira Obra.

Segundo Bacon, três são as fontes do saber: a autoridade, a razão, a experiência. A autoridade dá-nos a crença, a fé não, porém a ciência, porquanto não nos fornece a compreensão das coisas que formam o objeto da crença. A razão proporciona essa compreensão, quer dizer, a ciência; no entanto, não consegue distinguir o sofisma da demonstração verdadeira, se não achar fundamento e confirmação na experiência. A ciência experimental constitui a fonte mais sólida da certeza. Conforme Bacon, todavia, deve-se entender por experiência não apenas a que se alcança pelos sentidos externos e nos oferece o mundo corpóreo, mas também a experiência proporcionada pela iluminação interior de Deus. É, como se vê, um vestígio do agostinianismo tradicional. Do agostinianismo, Bacon aceita também a unidade entre filosofia e teologia, que Tomás tinha distinguido.

Educado nas universidades de Oxford e Paris, o franciscano Roger Bacon - que passou à história como Doctor Mirabilis (Doutor Admirável) - tornou-se mestre de Artes por volta de 1273, ensinando em Paris durante cerca de dez anos.

Influenciado por Robert Grosseteste, Bacon acreditava e defendia que o estudo do grego e do hebraico são indispensáveis para se entender a Bíblia; que o estudo da matemática (incluindo a geometria, a astronomia e a astrologia) é, juntamente, com a experimentação, a chave de todas as ciências e útil na teologia; e que a filosofia pode servir à teologia, ajudando na conversão dos não-crentes.

Roger Bacon acreditava que, embora a Bíblia seja a base de todo o conhecimento humano, podemos pôr a razão a serviço do conhecimento. Ele não acreditava que um argumento racional pudesse fornecer qualquer prova convincente de algo, mas, sim, que, com a ajuda da razão, uma pessoa pode formular a respeito da natureza hipóteses que possam vir a ser confirmadas pela experiência.

Segundo Roger Bacon, um conhecimento que chega até nós por meio da razão poderá levar ao conhecimento do criador da natureza. Assim, todas as tentativas de conhecimento filosófico, científico e linguístico são válidas, em última análise, pelo serviço que podem prestar à teologia.

Roger Bacon rebelou-se contra muitos de seus contemporâneos famosos - como, por exemplo, BoaventuraAlberto Magno e Tomás de Aquino - por, em sua opinião, não terem recebido boa formação filosófica e por terem contribuído para o fim da teologia.

Ao empreender vigorosa luta pela reforma curricular, Bacon acabou preso, provavelmente entre 1277 e 1279.

Alguns estudiosos acreditam que a fama de Rober Bacon na história da ciência (ele estudou ótica, matemática e astronomia) é superestimada e baseia-se apenas no fato de ele ter estado confusamente ligado aos chamados Calculadores de Oxford, que merecem crédito por terem aberto o caminho para certos desenvolvimentos científicos no século 17.

Segundo a professora Ivy Judensnaider, em seu artigo "Roger Bacon: respostas ao passado", a obra desse filósofo "se insere no quadro de transição do pensamento religioso e/ou vinculado aos clássicos e antigos, para o pensamento científico. Do segundo, tem a preocupação com o racional, com a explicação apoiada em fatos e experimentação (embora possamos questionar essa experimentação se a considerarmos a partir do modelo em que ela é entendida atualmente, já que não dispomos de investigação e estudos filológicos suficientes sobre a terminologia medieval utilizada para designar experiência e experimento), e com a reforma do saber através de sua melhora e 'modernização'. Do primeiro, guarda o referencial aristotélico e a utilização da Bíblia como ponto de partida para todo o conhecimento".
 

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