Frases do filosofo Baruch Spinoza

Baruch Spinoza (1632 - 1677)

          Deus para Spinoza é o único motivo da existência de todas as coisas. Deus é a substância única e nenhuma outra realidade existe fora de Deus. Ele é a fonte única e Dele surgem todos os outros elementos. Deus existe em si e foi gerado por si, para existir ele não necessita de nenhuma outra realidade. A essência de Deus pressupõe a sua existência. A substância divina é infinita e não é limitada por nenhuma outra, ela é a causa de todas as coisas existentes, que por consequência são manifestações de Deus.
Baruch Spinoza

            Assim sendo, nada existe fora de Deus, e tudo que existe é uma forma de Deus, não como uma criação sem regras ou espontânea, mas seguindo as leis da natureza e respeitando a possibilidade de agir com vontade própria.
            Um dos propósitos de sua filosofia é esclarecer a identidade existente entre nossa mente e o conjunto de todas as coisas da natureza. Para ele essa identidade somente vai acontecer quando conhecermos a nós mesmos e conhecermos também a natureza. O conhecimento da natureza se dá quando entendemos a essência dos objetos ou da sua causa mais próxima. Verdadeiro será o conhecimento que estiver em harmonia e se adaptar à ideia do objeto.
O filósofo estudou o homem e sua condição política, religiosa e moral. Para ele o ser humano é desprovido de vontade, como tudo procede de Deus, tudo também é determinado por Ele. Nós nos julgamos livres porque temos consciência da nossa vontade e achamos que é ela que nos guia, mas quem determina essa vontade é Deus.
Para Spinoza não existe uma finalidade para a existência do homem e nem para a existência da natureza. Deus não criou as coisas para o uso dos homens, nem para agradá-los nem para que os homens agradem a Deus. Pensar que Deus criou as coisas com algum objetivo, como o de que os homens lhe agradem, é o mesmo que dizer que Deus tem necessidade do agradecimento dos homens, e isso é tornar Deus imperfeito. Na natureza tudo é perfeito, pois tudo vem de Deus e é parte dele. Seguindo esse raciocínio, Spinoza descarta a possibilidade da existência de milagres, pois se a natureza é divina e perfeita, qualquer mudança na natureza vai contra a perfeição divina. O milagre é simplesmente um acontecimento natural do qual não conhecemos as causas. Devemos estabelecer em nós um procedimento tal que nos faça admitir que as coisas sejam como são, nos mínimos detalhes, como tem que ser, são imprescindíveis e obrigatoriamente assim porque tem que ser assim.
            Tudo o que existe tem propensão a se manter existindo como o que é e essa é a essência dos seres em geral. Nos homens esse instinto de conservação gera as emoções que são uma mistura desordenada das ideias. A alegria e a tristeza são as principais emoções, a alegria conserva e a tristeza deprecia o ser. O amor e o ódio ocorrem quando a alegria e a tristeza se ligam a algo externo ao sujeito.
            Sobre o direito, Spinoza afirma que existe no mundo um ordenamento essencial, e dele vem o direito natural que tem por origem Deus. O direito natural é para o filósofo as normas que dirigem a natureza. As regras através das quais a natureza se ordena estendem-se até o limite do seu poder. Se o homem seguir as leis da natureza, estará seguindo também as leis de Deus. Se os homens seguirem as regras e ensinamentos recomendados pela razão, o direito natural irá se expressar através dessa razão, que é a natureza do homem. Em sociedade o Estado é o detentor do poder e do direito, mas se o Estado seguir a razão que é própria de cada um dos indivíduos que o compõe ele também estará seguindo o direito natural. O estado limita o poder dos indivíduos, mas não invalida o seu direito natural. O direito do Estado é limitado pelas leis da natureza.
            A fé é submeter-se à vontade de Deus, fé é ter uma conduta de obediência. Os pontos básicos da doutrina religiosa que fundamentam a fé universal para Spinoza são os seguintes: 1 - Deus existe e é justo e misericordioso; 2 - Deus é único; 3 - Deus está em toda parte e conhece tudo; 4 - Deus domina tudo e faz tudo; 5 - Cultuar a Deus é ser justo, caridoso e amar o próximo; 6 - Quem viver desse modo será salvo, os outros não; 7 - Deus perdoa quem se arrepender. O objetivo da fé é a obediência, o objetivo da filosofia é a verdade.

Frases:

Frases do Filosofo Friedrich Nietzsche

Friedrich Nietzsche

friedrich nietzche

 Este genial pensador alemão nasceu em Röcken, a 15 de outubro de 1844, e tornou-se um dos mais importantes filósofos da Alemanha do século XIX. Friedrich Nietzsche nasceu no seio de uma família protestante – o pai e os dois avôs eram pastores -, ele cresceu praticamente direcionado para a mesma vocação. Entre as crianças, seu apelido era ‘o pequeno pastor’, pois era um aluno exemplar e obediente. Perdeu o pai logo cedo e foi criado pela mãe, duas tias e a avó. Com os colegas ele fundou uma sociedade artística e literária, graças à qual esboçou seus primeiros poemas e produziu suas primeiras melodias.
Ao se tornar adolescente, porém, sua vida mudou radicalmente de rumo. Seus estudos, principalmente os de filologia, o distanciaram da crença em Deus e de qualquer inclinação para as pesquisas teológicas. Ao ingressar na célebre Escola de Pforta, pela qual passaram, entre outros, o poeta Novalis e o filósofo Fichte, ele entrou em contato com os escritos de Schiller, Hölderlin e Byron, os quais marcaram definitivamente seu pensamento, levando-o na direção contrária ao Cristianismo. Suas leituras também incluíam os gregos Platão e Ésquilo. Os estudos filológicos – que englobavam não só a história das formas que povoam a literatura, mas também a pesquisa sobre os mecanismos pré-estabelecidos que regem a sociedade e os conhecimentos sobre a mentalidade vigente – foram definitivos para sua decisão de se afastar da teologia.
Os estudos filosóficos passaram a atraí-lo depois de se tornar leitor de Schopenhauer, principalmente de O Mundo como Vontade e Representação. O ceticismo deste filósofo o atrai irresistivelmente, bem como suas preocupações estéticas. Aos 25 anos ele se torna professor de Filologia na Universidade de Basiléia, assumindo assim a nacionalidade suíça. Pouco tempo antes ele tem um encontro definitivo para a constituição de sua obra, com Richard Wagner, cuja produção musical seduz Nietzsche. De agora em diante, a música e a tragédia grega, tema dileto deste artista, ocuparão os pensamentos e a elaboração intelectual do filósofo, culminando na publicação de O Nascimento da Tragédia no Espírito da Música.
Em 1870, Nietzsche tem a oportunidade de testemunhar, durante seu trabalho como enfermeiro voluntário na Guerra Franco-Prussiana, o impacto da dor e da violência sem limites provocada por este confronto bélico. Esta experiência também servirá de matéria-prima para sua criação intelectual. Nove anos depois, ele passa por outro período traumático, desta vez com sua saúde física, pois problemas em sua voz o obrigam a se distanciar do magistério. Inicia-se então uma busca incessante pela cura, o que o leva a se deslocar por vários pontos da Europa. No ano de 1882 ele conhece Paul Rée e sua futura amada, Lou Andreas-Salomé, a quem propõe casamento, pedido recusado por ela depois de alimentar algumas esperanças no coração do filósofo.
O filósofo passa a escrever incessantemente, lançando Assim Falou Zaratustra, em temporada passada na cidade de Nice. Esta fase tem fim com um novo problema de saúde, desta vez mental. Não se sabe se provocada por uma sífilis ou por um tumor cerebral, Nietzsche tem um surto de loucura, a partir de 1889, que o acompanha até sua morte. Durante este período ele fica sob a guarda da mãe e da irmã, que se aproveita de sua incapacidade intelectual e psíquica para distorcer seus textos a favor da causa nazista, sempre rejeitada por Nietzsche. Os escritos deste filósofo, ao longo desta perturbação, revelam uma identidade fragmentada, que ora assume características do mítico Dionísio, ora encarna a figura de Jesus, antes de se refugiar completamente no silêncio, quando então morre na cidade de Weimar, a 25 de agosto de 1900.

Citações:

Frases do Filosofo Emmanuel Mounier

Frases do Filosofo Emmanuel Mounier

Frases do Filosofo Emmanuel Mounier

Temos conhecido ao longo da história vários pensadores que afirmaram e defenderam ideias sobre os mais variados campos da existência. Muitos tentam e tentaram resolver as questões sem ao menos se envolverem diretamente com elas, outros tem ou tiveram nas respostas dadas a firme expressão de sua própria vida. É neste segundo grupo que se enquadra o filósofo francês, Emmanuel Mounier.

Nascido em 01 de abril de 1905 na montanhosa Grenoble, Mounier, filho de uma família modesta, não perde gosto pelas coisas simples da vida, gosto este adquirido no típico convívio de uma família camponesa. No entanto, esta tranquilidade que a vida camponesa lhe oferecia, não lhe desviou a atenção para os desafios que a existência trazia, pois desde cedo desejava o contato com pessoas, contando como natural os problemas que este contato lhe traria. Podemos observar a sua ânsia na sua própria fala: “Encontrar pessoas era tudo o que eu esperava da vida, e eu sentia que isto queria dizer: encontrar sofrimento (...) parecia-me não poder imaginar a alegria senão através da partilha e do conhecimento.”

É tão vívida em Mounier a disposição em lutar, que mesmo vivendo sérias dificuldades, passadas por diversas tragédias como a perda de uma vista e um ouvido ocasionados por dois acidentes na sua juventude , ruptura intelectual com um grupo de colaboradores de sua REVISTA ESPRIT

Frases do Filosofo George Edward Moore

Frases do Filosofo George Edward Moore

 Frases do Filosofo George Edward Moore

Filósofo e lógico inglês, considerado um dos fundadores da filosofia analítica. Nasceu em Upper Norwood, nas cercanias de Londres. Estudou no Trinity College, Cambridge. Nesta instituição, lecionou de 1898 até 1939. De 1921 a 1947, dirigiu a revista MindNecessidadeidentidade. Ligado a Bertrand Russell (1872-1970), participou de suas críticas à lógica clássica e ao idealismo filosófico.

A grande maioria da obra de Moore encontra-se sob a forma de artigos e comunicações, posteriormente publicados em coletâneas. Alguns de seus principais textos: “Liberdade”, “A natureza do juízo”, “Necessidade identidade”, “Estudos de cosmologia hegeliana” (Leia sobre Hegel), Principia ethica, “Experiência e empirismo”, “A refutação do idealismo”, “A natureza e realidade dos objetos de percepção”.

O principal interesse filosófico de Moore consiste em proceder a determinadas análises de significações. Em primeiro lugar, este filósofo volta-se para a linguagem cotidiana, para analisar o significado das expressões aí empregadas. Ainda que as proposições pertencentes ao senso comum não podem ser provadas ou refutadas, Moore afirma que é preciso ater-se a elas.